O presente artigo versa sobre a questao das desigualdades de saude nos paises do Sul da Europa, mais especificamente Espanha, Grecia, Italia e Portugal. O estudo resultou de uma revisao… Click to show full abstract
O presente artigo versa sobre a questao das desigualdades de saude nos paises do Sul da Europa, mais especificamente Espanha, Grecia, Italia e Portugal. O estudo resultou de uma revisao nao sistematica da literatura, baseando-se na proposta da scoping review. Inicialmente, e apresentada uma breve contextualizacao dos estados de bem-estar social desses paises do Sul da Europa, destacando as principais especificidades e diferencas em relacao a outros regimes europeus de bem-estar social. Em seguida, sao descritos os sistemas de saude dos quatro paises, ressaltando os respectivos processos de reforma e as principais desigualdades de saude que os tem caracterizado, antes e durante a crise economica. A crise e as politicas de austeridade aumentaram muito a insatisfacao com a prestacao de cuidados de saude, nesses paises, particularmente na Grecia e em Portugal. Nesse sentido, sao discutidas, comparativamente, as desigualdades de saude, evidenciando as tendencias comuns, assim como as diversidades. Nos quatro paises em analise, o gradiente social (em particular educacao, rendimento e condicao laboral) representa o principal fator determinante das desigualdades de saude, sem subestimar, contudo, as desigualdades geograficas no acesso aos servicos de saude, como resultado dos diferentes niveis de desenvolvimento economico das diversas regioes. Finalmente, e discutido o recente debate, presente na literatura internacional, sobre a relacao entre diferentes regimes de estado de bem-estar e desigualdades de saude e, precisamente, sobre a critica ao uso de tipologias de estado de bem-estar como determinante de saude e de desigualdades de saude.
               
Click one of the above tabs to view related content.