INTRODUCAO: O aborto espontâneo de repeticao (AER) caracteriza-se pela perda consecutiva de 3 ou mais gestacoes com menos de 20 semanas ou peso fetal menor que 500 gramas. Esta relacionado… Click to show full abstract
INTRODUCAO: O aborto espontâneo de repeticao (AER) caracteriza-se pela perda consecutiva de 3 ou mais gestacoes com menos de 20 semanas ou peso fetal menor que 500 gramas. Esta relacionado a alteracoes hormonais, geneticas, imunologicas e outras. A trombofilia e definida como a tendencia a trombose decorrente de alteracoes hereditarias ou adquiridas da coagulacao ou da fibrinolise, a exemplo da deficiencia de proteina S. Tal deficiencia consiste em uma patologia de heranca autossomica dominante que resulta em trombofilia, clinicamente associada a tromboembolismo venoso (TEV) e que pode levar a AER. RELATO DE CASO: Paciente, 33 anos, vem encaminhada da Obstetricia em 2018, relatando historico de 3 AER ocorridos nas primeiras semanas de gravidez. Nega historico pessoal e familiar de trombose. Foi diagnosticada com deficiencia de proteina S. Em 2019 engravidou novamente, tendo sido adotado como profilaxia aos AER, a enoxaparina 40 mg uma vez ao dia. A paciente realizou acompanhamento mensal e nao foram referidos sangramentos. Os niveis de anti–Xa se mantiveram dentro da normalidade ate o penultimo mes de gestacao, quando foi realizado reajuste do anticoagulante para 60 mg/dia, pois a gestante apresentou queda dos niveis de anti-Xa e aumento do peso corporal. O parto ocorreu em maio de 2020 sem alteracoes. A enoxaparina foi suspensa no dia anterior ao parto, reintroduzida apos 12 horas do nascimento e mantida por 6 semanas. Nao foram relatadas intercorrencias. DISCUSSAO: A deficiencia de proteina S e uma patologia de heranca autossomica dominante associada a tromboembolismo venoso (TEV). A presenca de deficiencia de proteina S em gestantes, portanto, e uma condicao de risco agravante a hipercoagulabilidade caracteristica do periodo gravidico. Os anticoagulantes, a exemplo da enoxaparina, desempenham importante papel na profilaxia a eventos adversos comuns as trombofilias como os AER. Quando administrada por via subcutânea possui uma meia-vida mais longa, diminuindo os riscos de sangramentos, dispensando a monitorizacao de rotina dos fragmentos de heparina e facilitando o controle clinico das gestantes. CONCLUSAO: O referido relato de caso apresenta a historia de uma paciente, sem historico familiar de trombose, diagnosticada com deficiencia de proteina S durante investigacao devido historico de AER. Seguiu em tratamento com enoxaparina durante a ultima gestacao, que ocorreu sem intercorrencias.
               
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