LAUSR.org creates dashboard-style pages of related content for over 1.5 million academic articles. Sign Up to like articles & get recommendations!

Efeito da temperatura e do fotoperíodo no desenvolvimento micelial de Botrytis squamosa, agente causal da queima das pontas da cebola

Photo by kawerodriguess from unsplash

A queima das pontas da cebola causada pelo fungo Botrytis squamosa Walker destaca-se como a mais importante doença da cultura na fase de muda. Esta doença está amplamente disseminada em… Click to show full abstract

A queima das pontas da cebola causada pelo fungo Botrytis squamosa Walker destaca-se como a mais importante doença da cultura na fase de muda. Esta doença está amplamente disseminada em regiões de clima temperado, onde são frequentes os períodos de temperaturas amenas (≤ 22oC), alta umidade (≥ 90%) e pouca luminosidade. Epidemias são favorecidas por temperaturas entre 20 a 25°C, umidade relativa acima de 75% e períodos de molhamento foliar acima de 6 horas contínuas (5). Os sintomas da queima das pontas se manifestam nas folhas como manchas esbranquiçadas, dispostas inicialmente de forma isolada e sem esporulação do fungo, no entanto o sintoma que resulta em maior dano é a queima foliar, ocorrendo do ápice para a base da folha, com intensa esporulação e aspecto translúcido na parte necrosada da folha. O conhecimento da biologia do patógeno é de grande importância para compreender o desenvolvimento da doença no campo, bem como para tomar medidas de manejo da doença. Diante disto, este trabalho teve como objetivo avaliar em in vitro a influência da temperatura e do fotoperíodo no crescimento micelial de B.squamosa. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Microbiologia e Fitopatologia do Instituto Federal Catarinense/Campus Rio do Sul com isolado de B. squamosa, obtido de planta de cebola com sintoma da doença em lavoura e multiplicado em placas de Petri contendo meio de cultura de BDA(batata-dextrose-ágar) através da coleta de conídios sobre o tecido lesionado. Discos de micélio com 9 mm de diâmetro, foram removidos dessas placas e inoculados no centro de placas de Petri com 8 cm de diâmetro contendo meio de cultura BDA e incubados em câmera de germinação do tipo B.O.D. (Demanda Biológica de Oxigênio) a uma temperatura de 25° C e fotoperíodo de 12 horas durante sete dias para crescimento do micélio e obtenção do inóculo. Após isso, discos de micélio foram transferidos para placas de Petri contendo meio de cultura BDA e incubados nas temperaturas de 5, 10, 15, 20, 25, 30 e 35°C (±1°C) e fotoperíodo de 12 horas. Diariamente foi feita a medição do crescimento micelial em duas linhas diagonais opostas com um paquímetro. No quarto dia o micélio atingiu a proximidade das bordas das placas de Petri e finalizou-se as avaliações. A partir da obtenção da temperatura ótima de desenvolvimento, repetiu-se o ensaio seguindo a mesma metodologia de inoculação, incubando-se a temperatura de 18°C com fotoperíodos de 0, 6, 12, 18 e 24 horas de luz. Verificou-se que a temperatura influenciou o crescimento micelial, tendo apresentado melhor desenvolvimento entre as temperaturas de 15° e 20°C (Figura 1A). Utilizando a equação gerada pela curva (y =-0,028x2+1,029x–1,76, R2=0,998)(Figura 1A) obteve-se a temperatura ótima de 18°C para o crescimento micelial. Resultados semelhantes em patógeno da cebola foram obtidos por Xavier (6), onde verificou que o crescimento micelial ótimo in vitro de Sclerotium cepivorum foi de18°C. Leite et al. (3) também destacam que a temperatura ótima para o desenvolvimento do micélio de Sclerotinia sclerotiorum situa-se também aos 18oC. Patógenos, como B.squamosa possuem escleródios como estrutura de dormência ou repouso que são provenientes do crescimento micelial, caracterizando que a temperatura entre eles é semelhante. Temperaturas extremas não são favoráveis ao desenvolvimento micelial, pois a 35°C observou-se a inibição do crescimento micelial, enquanto que a 5°C apresentou o menor desenvolvimento (2,4 cm) (Figura 1A). Ellerbrock & Lorbeer (2) também encontrou em 18oC a melhor temperatura de esporulação B. squamosa, sendo desfavorável ao desenvolvimento micelial do patógeno. Em planta de cebola, Alderman & Lacy (1) verificaram que a produção de lesões teve um ótimo de 20oC e a basal

Keywords: fotoper odo; que; para; squamosa; crescimento micelial; temperatura

Journal Title: Summa Phytopathologica
Year Published: 2018

Link to full text (if available)


Share on Social Media:                               Sign Up to like & get
recommendations!

Related content

More Information              News              Social Media              Video              Recommended



                Click one of the above tabs to view related content.