Investigar os fatores associados a pratica do sexo sob o efeito de drogas (chemsex) entre homens que fazem sexo com homens (HSH) durante periodo de isolamento social, no contexto da… Click to show full abstract
Investigar os fatores associados a pratica do sexo sob o efeito de drogas (chemsex) entre homens que fazem sexo com homens (HSH) durante periodo de isolamento social, no contexto da pandemia da COVID-19. Inquerito multicentrico online, aplicado aos territorios de Brasil e Portugal em abril de 2020, enquanto os dois paises vivenciavam medidas sanitarias restritivas para a doenca. Os participantes foram recrutados valendo-se de uma adaptacao do metodo respondent driven sampling (RDS) ao ambiente virtual. Os dados foram coletados usando redes sociais e aplicativos de encontro voltados a HSH. Utilizamos regressao logistica bivariada e multivariada para a producao das odds bruto (OR) e ajustado (ORa). Em um universo de 2.361 sujeitos, 920 (38,9%) realizaram a pratica do chemsex, que, em 95% dos casos, foi realizada com parceiro casual. Aumentaram as chances de se envolver em chemsex: morar no Brasil (ORa = 15,4; IC95%: 10,7-22,1); nao estar em isolamento social (ORa = 4,9; IC95%: 2,2-10,9); fazer sexo casual durante o distanciamento social (ORa = 52,4; IC95%: 33,8-81,4); fazer sexo grupal (ORa = 2,9; IC95%: 2,0-4,4); nao apresentar nenhum tipo de sintoma para a COVID-19 (ORa = 1,3; IC95%: 1,1-1,8); nao residir com o parceiro (ORa = 1,8; IC95%: 1,2-2,6) e estar em uso da profilaxia pre-exposicao (ORa = 2,6; IC95%: 1,8-3,7). A ocorrencia de chemsex foi elevada, sobretudo no Brasil, onde o isolamento social proposto nao sensibilizou os HSH a adesao.
               
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