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What do we need to know about the monkeypox virus infection in humans?

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Correspondência P. Brasil Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz. Av. Brasil 4365, Rio de Janeiro, RJ 21040-360, Brasil. [email protected] A infecção humana pelo vírus monkeypox foi descrita,… Click to show full abstract

Correspondência P. Brasil Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz. Av. Brasil 4365, Rio de Janeiro, RJ 21040-360, Brasil. [email protected] A infecção humana pelo vírus monkeypox foi descrita, inicialmente, em uma criança de 9 meses de idade, em 1970, no Zaire (atual República Democrática do Congo) 1. Monkeypox tem sido considerada uma zoonose clássica, em que a maioria das infecções humanas é atribuível ao contato com animais infectados. Nos últimos anos, a transmissão entre humanos passou a ser mais frequentemente relatada, elevando a preocupação global acerca de seu potencial de disseminação 2. Nas últimas cinco décadas, o registro de casos em humanos tem aumentado, particularmente na República Democrática do Congo e na Nigéria, onde a doença é endêmica e transmitida por pequenos mamíferos. Embora os reservatórios silvestres da infecção não sejam plenamente conhecidos, esquilos das florestas e roedores silvestres têm sido destacados 3. Vale salientar que monkeypox não é uma doença típica dos macacos, apesar de ter sido identificada em 1958 pela primeira vez nestes animais. A idade média de apresentação dos casos aumentou de quatro (1970) para 21 anos (2010-2019). A elevação no número de casos pode ser atribuída à interrupção da vacinação para varíola, que conferia proteção cruzada contra monkeypox; à evolução genética do vírus; ou a fatores ambientais, como desmatamento, levando ao aumento da população de roedores sinantrópicos e à sua maior interação com humanos 4. Antes de tratar da atual epidemia “fora da África”, convém chamar atenção ao surto na Nigéria em 2017-2018. Antes desse surto, casos de monkeypox ocorriam principalmente entre crianças e em áreas rurais, sugerindo um modo de transmissão predominantemente vinculado ao contato com animais 2,5. No entanto, o surto de 2017-2018 mostrou uma concentração de casos em áreas urbanas e entre homens jovens, similar ao observado na atual epidemia. A mudança do perfil epidemiológico fomentou a hipótese de que a transmissão inter-humana poderia estar se tornando mais frequente. Ao mesmo tempo, a frequência relativamente alta de lesões genitais nos casos detectados sugeriu a possibilidade de disseminação também por meio do contato sexual prolongado 2,5,6. Fora da África, os primeiros casos de infecção humana pelo monkeypox foram relatados em 2003 nos Estados Unidos, após importação de roedores da África. De 2018 a 2021, surtos associados a viagens à Nigéria foram relatados no Reino Unido, nos Estados Unidos, em Singapura e Israel, cujos casos índices foram atribuídos à transmissão animal-humana 7. Desde maio de 2022, há registros de surtos de monkeypox em regiões não endêmicas, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em 23 de julho de 2022 8. Até 24 de agosto de 2022, já haviam sido confirma-

Keywords: humana; que; casos; brasil; nig ria; monkeypox

Journal Title: Cadernos de saude publica
Year Published: 2022

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