Resumo Trata-se de uma pesquisa antropológica sobre titulares do Programa Bolsa Família (PBF), refletindo sobre a ampliação de direitos humanos das mulheres, um tema menos priorizado apesar de a titularidade… Click to show full abstract
Resumo Trata-se de uma pesquisa antropológica sobre titulares do Programa Bolsa Família (PBF), refletindo sobre a ampliação de direitos humanos das mulheres, um tema menos priorizado apesar de a titularidade feminina ser preferencial para o programa. Analisamos repercussões dessa titularidade nas trajetórias produtivas de 12 mulheres, residentes no Coque. Descrevemos aspectos importantes das trajetórias produtivas, marcadas por trabalhos informais, vexatórios e degradantes. Depois, relacionamos passagens dessas trajetórias ligadas a momentos anteriores e posteriores ao ingresso no PBF, bem como exemplos de agência e autonomia realizados por elas, refletindo sobre processos de empoderamento. Finalmente, argumentamos que poderia existir maior potencialidade para o processo de autonomia na esfera produtiva e consequente saída do programa, se fosse efetivada a integração com políticas de trabalho e renda que contemplem seus projetos de vida. Concluímos que a inserção no PBF não acomoda as mulheres na busca por trabalho, desmistificando o discurso do efeito preguiça.
               
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