Propoe-se o termo “novo regime de mediacao da informacao” para abordar as mudancas nas praticas de mediacao da informacao que ocorrem nas redes digitais. Para tanto, vale-se do contraste entre… Click to show full abstract
Propoe-se o termo “novo regime de mediacao da informacao” para abordar as mudancas nas praticas de mediacao da informacao que ocorrem nas redes digitais. Para tanto, vale-se do contraste entre as formas de mediacao da informacao estabelecidas no seculo XX e as novas formas de producao, circulacao, mediacao e acesso a informacao. O principal ponto a ser destacado e a mudanca de um perfil de mediacao centrado na figura de editores e produtores para uma mediacao a principio lida como “tecnologica” - posto que encarnada por formulas matematicas de algoritmos - mas que e concebida por engenheiros de grandes empresas como Google e Facebook, alimentada pelas informacoes dos proprios usuarios das plataformas e utilizada tanto por empresas para finalidades economicas quanto por governos em suas agendas politicas. Conclui-se que as mudancas na estrutura sociotecnica do “regime de informacao” vigente (conforme autores como Bernd Frohmann, Gonzalez de Gomez e Sandra Braman), embora permitam avancos nas mais diversas areas (educacao, saude, seguranca publica, consumo, mobilidade urbana e outros), podem trazer efeitos deleterios para a cultura e para a criatividade humana, principalmente no que se refere a privacidade e ao acesso a um conjunto diversificado de artefatos culturais, cientificos e informativos.
               
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