Resumo Decorrente de um processo socio-historico, a morte tornou-se um tabu: ha uma constricao do tema que o afasta do cotidiano e isola sua vivencia. Assim, a formacao dos profissionais… Click to show full abstract
Resumo Decorrente de um processo socio-historico, a morte tornou-se um tabu: ha uma constricao do tema que o afasta do cotidiano e isola sua vivencia. Assim, a formacao dos profissionais de saude em torno da tematica e insuficiente em niveis de graduacao e pos-graduacao, este ultimo na modalidade de residencia em saude, interferindo no cuidado para com pacientes em processo de morte e morrer. Este artigo visa compreender a percepcao do profissional de saude residente diante da atuacao na morte e no morrer, e investigar a formacao dos residentes sobre essa tematica, a experiencia de atuacao nessas situacoes e o aparato teorico e tecnico obtido. A pesquisa e de natureza qualitativa, fundamentada na hermeneutica fenomenologica, e seus dados foram coletados mediante entrevistas semiestruturadas com 14 medicos residentes de um hospital infantil vinculado a Secretaria de Saude do Estado do Ceara. Atraves das categorias de sentido encontradas, demarcou-se a carencia de formacao dos profissionais a respeito do tema, alem dos sentimentos de despreparo, impotencia e sofrimento relacionados a atuacao diante da morte e do morrer. Destacou-se, ainda, a importância da interdisciplinaridade em saude no trato com os pacientes nessa situacao. Os resultados obtidos indicam o lugar dos programas de residencia na tentativa de minimizar as complicacoes da carencia da formacao; apontam para a necessidade de espacos de cuidado para os profissionais; e destacam que a dimensao etica do cuidado a esses pacientes se sobrepos as relacoes tecnicas.
               
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