LAUSR

Abstract Background: The predatory exploitation of medicinal plants has been one of the factors with great impact on biodiversity, especially when the part used affects the survival of the plant. The bark of Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D. Penn. (Sapotaceae, common name quixabeira or jungleplum) is the part most frequently used in traditional medicine, and this study had as objective to verify if the leaves present the same metabolites as the the bark. Furthermore, based on the reported preparation mode, it was also analyzed whether there is a change in the quality of the metabolites extracted when different extraction metghods are used (aqueous, cachaca directly in the bottle, and ethanolic). Methods: Quixaba leaves and bark were collected, dried and ground, to prepare the raw extracts (aqueous, cachaca and ethanolic) separately. Phytochemical screening was performed to evaluate for the following chemical constituents: alkaloids, flavonols, flavones, flavononols, xanthones, triterpenes, tannins, saponins and steroids. Results: The results obtained with both alcoholic extracts and with the aqueous extract showed similarity between the classes of compounds both in the leaves and in the bark. The results demonstrate that metabolites of medicinal interest are present in aqueous and cachaca extracts, prepared both from the bark and leaves of quixaba. Conclusions: The obtained results open the possibility of replacing the use of the bark by the use of the leaves, reducing the impact of the extraction, promoting more time for the regeneration of the bark and favoring the conservation of the species, without loss of medicinal characteristics so appreciated by the local populations. Key words: cachaca, aqueous extract, bark, traditional knowledge. Resumo A exploracao predatoria das plantas medicinais vem sendo um dos fatores de grande impacto a biodiversidade, principalmente quando a parte usada afeta a sobrevivencia da planta. Considerando que a casca de Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D. Penn. e a parte mais utilizada por populacoes tradicionais, este estudo teve como objetivo verificar se as folhas apresentam os mesmos metabolitos que a casca. Alem disso, tendo como base o modo de preparo relatado, tambem foi analisado se ha alteracao na qualidade dos metabolitos extraidos em funcao dos extratos utilizados (aquoso, cachaca, como usado na garrafada, e etanolico). Folhas e cascas da quixabeira foram coletadas, secas e trituradas, para preparacao dos extratos brutos (aquoso, cachaca e etanolico) separadamente. A triagem fitoquimica foi realizada para a prospeccao dos seguintes constituintes quimicos: alcaloides, flavonois, flavonas, flavononois, xantonas, triterpenos, taninos, saponinas e esteroides. Os resultados obtidos tanto com extrato da cachaca como com o extrato aquoso apresentaram equidade entre as classes de compostos evidenciados tanto nas folhas quanto na casca. Os resultados demonstram que a populacao nao tem perda no uso dos metabolitos ao utilizar a cachaca ou a agua como solvente. Alem disso, demonstram ter a possibilidade de substituicao do uso das cascas pelo uso das folhas, diminuindo o impacto do extrativismo, promovendo mais tempo para a regeneracao da casca e favorecendo a conservacao da especie. Palavras chave: cachaca, extrato aquoso, casca, conhecimento tradicional.